Por Cris Pereira Heal, Head de Negócios e Impacto da Fbiz
"Se o ar não se movimenta, não tem vento, se a gente não se movimenta, não tem vida" ― Itamar Vieira Junior, “Torto Arado”.
Inspirada por estas palavras, embarquei em uma jornada transformadora pela Chapada Diamantina, guiada por Mabel Feres, idealizadora do projeto “VivaOM Yoga”. Este retiro foi uma exploração profunda da conexão e da presença, essenciais contra a ansiedade da vida moderna.
Cada elemento da natureza falava diretamente à alma, reforçado pela ideia de Mia Couto que "é deixar-se ser visitado pelo lugar". Assim fez a Chapada: me visitou e ecoou suas narrativas de resistência e renovação nas trilhas percorridas.
Cada dia era um convite para estar plenamente presente, um antídoto para quem vive submerso nas águas agitadas da ansiedade. Na Chapada, o tempo mostrou-se como um aliado, permitindo descobertas de tranquilidade e clareza, que chamei de minha “Lagoa Azul”.
Ao refletir sobre essas experiências, e as pessoas incríveis que conheci, faço um convite: permitam-se estar verdadeiramente presentes, seja por um mês, uma semana, um dia, ou apenas algumas horas ou minutos. Parar tornou-se um lembrete da importância de se reconectar e estar aqui, no agora, exatamente onde meus pés estão. E, quem sabe, depois se organizar para um mergulho na Chapada.
Por Cris Pereira Heal – Head de Negócios e Impacto da Fbiz
Sou a Cris Pereira Heal, tenho ampla experiência em atendimento, gestão de equipes e ações focadas na agenda ESG. Desde 2023, sou Head de Negócios e Impacto da Fbiz. Fui a primeira mulher a ocupar o cargo de presidente do Grupo de Atendimento e Negócios e fui indicada ao Caboré, em 2018, na categoria de Profissional de Atendimento. Durante minha carreira, também trabalhei na ex-iD\TBWA, Wieden+Kennedy e FCB Brasil, com marcas como Ambev, Banco BV, Kimberly-Clark/Neve, Nívea, Visa, Whirlpool, Sadia, Red Bull, Unilever e Nestlé.
“Nada agrava mais a pobreza do que a mania de querer parecer rico ou bem-sucedido.” Essa adaptação de uma máxima financeira resume o cenário atual das redes sociais e do mundo corporativo: a busca desenfreada por estar em evidência, custe o que custar.
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Essa sede insaciável se alimenta de declarações vazias e polêmicas banais, claros sintomas da Síndrome da Irrelevância.
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A promessa inicial das redes era de democratização: onde todas as pessoas teriam voz. No entanto, essa promessa foi distorcida quando esses espaços se tornaram palco de exibicionismos extremos e controversas, muitas vezes mais focadas em autopromoção do que em debate público.
Um exemplo: recentemente, declarações de um executivo sobre mulheres em cargos de CEO destacaram como essa visibilidade pode se voltar contra o emissor. Figuras proeminentes como Luiza Trajano usaram suas plataformas para refutar esses estereótipos, e transformar uma fala polêmica em uma discussão ampla sobre gênero e competência.
Várias lideranças entraram na conversa para invalidar o executivo bem-sucedido, e precisamos de mais vozes que falem com seriedade sobre os temas da nossa sociedade – tenho a sorte de conhecer algumas.
É preciso incentivar conteúdo que enriquece, educa e eleva. Devemos incentivar o pensamento crítico e a reflexão nas pessoas que consomem conteúdo, ajudando a discernir o que é meramente sensacional e o que é valioso.
O “cancelamento” deve ser uma resposta séria a profissionais que escolhem a mediocridade como estratégia para se fazerem visíveis.
A resposta está em promover uma mudança cultural profunda, tanto nas plataformas digitais quanto nos ambientes corporativos. É essencial que empresas e líderes adotem uma postura rigorosa de cultivar um ambiente onde a transparência, a responsabilidade e a autenticidade sejam mais valorizadas do que a simples notoriedade.